No dia 23 de outubro a mestranda Karen de Morais, Enfermeira voluntária apresentou um trabalho no evento III SEMINÁRIO APRENDIZAGEM NO ENSINO SUPERIOR,III SEMINÁRIO ACESSIBILIDADE e I SEMINÁRIO DE AÇÕES AFIRMATIVAS
Na ocasião foi apresentado as atividades sobre acessibilidade realizado com os BM.
Em baixo segue o trabalho na integra:



FADERS. Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência e com Altas Habilidades no Rio Grande do Sul. Atitudes que fazem a diferença com PCD: Garantir os Direitos Humanos é o caminho para a inclusão. 2013. Disponível em <http://www.portaldeacessibilidade.rs.gov.br/uploads/1427723364Cartilha_Faders_word_com_novo_layout.pdf> Acesso em 14 de jul 2017.
[1] Trecho da música de Sing Out, Acessibilidade. Disponível em < https://www.letras.mus.br/sing-out/1903729/> Acesso em 16 jul 2017.
[2] Enfª Mestranda em enfermagem, pela Universidade Federal de Santa Maria. Enfª Voluntária no Projeto Bombeiro Mirim.k.cristy.p@hotmail.com.
[3] Acadêmica de Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Maria, Monitora do Projeto Bombeiro Mirim. aline.gomes1996@hotmail.com
[4] Acadêmica de Filosofia Licenciatura pela Universidade Federal de Santa Maria, Monitora do Projeto Bombeiro Mirim, e-mail lays.bassi01@hotmail.com.
Na ocasião foi apresentado as atividades sobre acessibilidade realizado com os BM.
Em baixo segue o trabalho na integra:
“O meu mundo é diferente pode ter certeza”[1]
Eixo 3- Política de inclusão educacional e acessibilidade
Karen Cristiane Pereira de Morais[2]
Aline Gomes Ilha[3]
Lays dos Santos Bassi[4]
RESUMO
Com o crescimento dos espaços urbanos, há
também o crescimento da população e é essencial que temáticas como
acessibilidade sejam trabalhadas desde a infância, quando as crianças ainda estão
na escola, pois são essas que irão disseminar o conhecimento para os demais.
Com isso, é importante não haver somente as escolas, mas também outros lugares
de discussão, pensando nisso o Projeto Bombeiro Mirim (PBM), abriu espaço com
aulas de educação em saúde para que seus alunos entendam um pouco mais sobre a
temática acessibilidade. Portanto, este estudo tem como objetivo relatar a
experiência na elaboração e desenvolvimento de uma atividade sobre
acessibilidade realizada no Projeto Bombeiro Mirim. Foram realizadas quatro
atividades que compõe-se em uma observação na Praça dos Bombeiros, uma aula
expositiva, uma atividade para casa e atividades lúdicas sobre o assunto.
Conclui-se que os(as) Bombeiros Mirins (BM) se sensibilizaram com a temática,
após uma reflexão sobre a aula desenvolvida, relatando suas experiências em uma
redação, além disso expuseram como é importante ajudar as pessoas não
importando se tem ou não deficiência e que devemos observar se os espaços de
convivências são ou não acessíveis.
Palavras-chave: acessibilidade,
educação em saúde, educação, projeto social.
INTRODUÇÃO
"Todos os seres
humanos nascem livres e iguais em dignidade e em
direitos. Dotados de
razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de
fraternidade." (Art. 1º da Declaração
Universal dos Direitos
Humanos, 1948).
Atualmente a população
vem crescendo e junto os espaços urbanos vem crescendo e se desenvolvendo, mesmo
com tanta mudança, ainda falta em muitos lugares melhor acesso para pessoas com
deficiência poder circular.
Para a
Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência (2017) a
acessibilidade consiste em ser um atributo essencial do ambiente que garante a
qualidade de vida das pessoas, sendo assim precisa estar presente em diversos
espaços, como no meio físico, no transporte, na informação e comunicação,
inclusive nos sistemas e tecnologias da informação e comunicação, bem como em
outros serviços e instalações abertos ao público ou de uso público, tanto na
cidade como no campo.
Já para o Ministério do Direitos Humanos (2017), o termo significa incluir a pessoa com deficiência na
participação de atividades como o uso de produtos, serviços e informações.
Alguns exemplos são os prédios com rampas de acesso para cadeira de rodas
e banheiros adaptados para deficientes.
O conceito de educação em saúde está ancorado no conceito de
promoção da saúde, pois ambos tratam de processos que abrangem a
participação de toda a população no contexto de sua vida cotidiana (MACHADO et.
al., 2007). A prática da educação em saúde
constitui um espaço de reflexão-ação, fundado em saberes técnico-científicos e
populares, culturalmente significativos para o exercício democrático, capaz de
provocar mudanças individuais e prontidão para atuar na família e na comunidade
(MACHADO et. al., 2007). Dessa maneira,
utilizou-se essa técnica de ensino para abordar a temática acessibilidade, por
conseguir abordá-la integralmente, podendo utilizar o lúdico para o ensino.
Nesse sentido, é importante destacar que a atividade lúdica possibilita a
produção do conhecimento por meio de brincadeiras, jogos e divertimento (NILES
e SOCHA, 2014).
É essencial que temáticas como acessibilidade sejam
trabalhadas desde a infância, quando as crianças ainda estão na escola, pois
são essas que irão disseminar o conhecimento para os demais. Com isso, é
importante não haver somente as escolas, mas também outros lugares de
discussão, pensando nisso o Projeto Bombeiro Mirim (PBM), abriu espaço com
aulas de educação em saúde para que seus alunos entendam um pouco mais sobre
essa e outras temáticas.
O PBM, é um projeto vinculado a Corporação dos Bombeiros
Militares, havendo em vários lugares do Brasil, em Santa Maria, o projeto é
realizado no 4ª Batalhão de Bombeiros Militares (4ºBBM) desde do ano de 2000,
sendo executado principalmente por Bombeiros(as) Militares. Atualmente tem a
coordenação de um 3º Sargento e um Soldado, esses ministram aulas voltadas ao
treinamento de bombeiro(a), porém nos últimos 7 anos conta com a presença de
uma voluntária civil enfermeira que ministra aulas de educação em saúde e
monitores(as) voluntários(as) que eram integrantes alunos(as) do projeto e em
sua maioria estão no ensino superior em diferentes áreas, o que auxilia na
qualidade do ensino e abrangência de mais temáticas. As aulas do projeto são
ministradas aos sábados pela manhã no quartel do 4ª BBM em Santa Maria. PBM, tem
por finalidade desenvolver nas crianças entre oito e quinze anos a cidadania, a
disciplina, aproximação com a rotina de um(a) bombeiro(a), além de atividade física,
educação em saúde e outras atividades lúdicas. O propósito é formar gerações
comprometidas com a segurança em todos os seus aspectos (PBM, 2017).
Com tudo, o PBM tem espaço para aulas de educação em
saúde, aulas essas, que permitem ações fundamentalmente voltadas para a
promoção em saúde, desempenhando um papel importante no combate à pobreza, à
desigualdade e à exclusão social. Para Valla e Stotz (1996) a discussão sobre
educação e saúde envolve as condições de vida da população, propondo uma
compreensão do ponto de vista da ação social. Assim, compreender as concepções
de educação
em saúde é necessário buscar entender as concepções de educação, saúde
e sociedade a elas subjacentes (CARDOSO DE MELO,2007).
Portanto, este estudo tem como objetivo relatar a
experiência na elaboração e desenvolvimento de uma atividade sobre
acessibilidade realizada no Projeto Bombeiro Mirim. O trabalho é um relato de
experiência onde expõe uma atividade de educação em saúde, desenvolvida pela
enfermeira voluntária, juntos com os(as) monitores, na ocasião foram realizadas
quatro atividades para que os(as) alunos(as) possam vivenciar e compreender
mais sobre a temática proposta. As atividades são compostas por uma observação
na Praça dos Bombeiros, uma aula expositiva com discussão sobre o que foi
apontado pelos(as) Bombeiros(as) Mirins (BM),
atividades lúdicas sobre o tema, as atividades eram: passar por uma
pista de obstáculo com os olhos vendados seguindo apenas os comandos dos(as)
colegas, a segunda atividade era brincar de mímica, uma maneira de tentar se
expressar sem utilizar a voz e a última atividade adaptada do vôlei sentado,
baseado em um esporte paraolímpico. E
por fim, uma atividade para casa, onde os(as) alunos(as) deveriam escrever uma
redação contando como foi a experiência em estudar o tema.
A realização dessas atividades lúdicas teve como finalidade desenvolver nos(as) educandos(as) diversas habilidades como a atenção, memorização, imaginação, em suma, todos os aspectos básicos para o processo da aprendizagem, que está em formação. Dessa forma, trabalhar acessibilidade com eles(as) possibilita uma mudança de visão abrindo os horizontes para um mundo mais amplo, principalmente que não é apenas nas estruturas físicas e nem apenas para deficientes físicos que existe acessibilidade, mas sim existe outros tipos de deficiências e estas também precisam de adaptações nos ambientes de convivência, pois a informação é fundamental para vencer as barreiras do preconceito e da discriminação, promovendo o respeito à diversidade humana. Muitas vezes, a principal barreira é a atitude em relação às pessoas com deficiência.
RESULTADOS
E DISCUSSÃO
Com
a intenção de conscientizar os(as) BM sobre a capacidade e as contribuições que
as pessoas com deficiência podem oferecer, realizou-se as atividades, para
tanto, em
um primeiro momento houve uma divisão em 4 grupos, após a divisão foram
orientados(as) a seguir junto com a enfermeira e monitores(as) até a Praça dos
Bombeiros onde, fizeram uma observação, anotando na concepção deles(as) se a
praça é acessível à população de uma maneira geral, assim como, apontando o que
poderia prejudicar o acesso as pessoas com deficiência.
Na ocasião os(as) BM observaram uma rampa para pessoas
com cadeiras de rodas, onde seu início havia calçada irregular o que poderia
danificar a cadeira de rodas, identificaram corrimãos nas escadas, descreveram
também que em alguns lugares o calçamento era irregular, além de alguns bancos
mal conservados, visualizaram má conservação do ambiente por alguns
frequentadores do local, pois havia alguns resíduos de lixo, mas sendo limpo
por um profissional. O objetivo dessa
atividade foi ter um primeiro contato com o assunto, já que quando foram
questionados sobre o que é acessibilidade muitos só ouviram falar no termo, mas
não sabiam o conceito, fora que essa atividade ajuda na compreensão da dimensão
dos espaços públicos.
Após
essa atividade os(as) educandos(as) foram para sala de aula relatar tudo que
observaram e discutir o que poderia ser melhorado, logo após tiveram uma aula
sobre o conceito de acessibilidade, tipos de deficiências e como se relacionar
com as pessoas com deficiência, esta aula foi baseada na cartilha “Atitudes
que fazem a diferença com PCD: Garantir os Direitos Humanos é o caminho para a
inclusão” (FADERGS,2013).
Durante
a aula também foi relatada as vivências que alguns(as) alunos(as) tiveram com
pessoas com deficiência, além de elucidar algumas dicas de convivência para com
essas pessoas. O propósito dessa aula foi desmitificar preconceitos e
esclarecer dúvidas que poderiam ter. Muitos dos(as) educandos(as) expuseram
conhecer alguma pessoa com deficiência, seja na escola ou na vizinhança, e
explicaram como essas pessoas se relacionavam nesses espaços.
Nessa
aula foi explicado as deficiências físicas, auditivas, visuais, intelectuais e
múltiplas, e como devemos nos portar quando convivemos com esses indivíduos. Dicas
simples como se a conversa durar muito tempo com uma pessoa que utiliza cadeira
de rodas, deve-se sentar para que ambos fiquem confortáveis ou como descrever o
ambiente para uma pessoa com deficiência visual.
Junto
com as explicações foi mostrado aos(as) educandos(as) exemplos de lugares
acessíveis a esse público, como um restaurante que possui seu cardápio em
libras e um museu que é todo adaptado para pessoas com qualquer tipo de
deficiência. Salientou-se a legislação que garante os direitos dos indivíduos
com deficiência.
Posteriormente
a aula expositiva, todos(as) receberam o seguinte convite: “Depois da teoria
vem a prática, vamos vivenciar esse mundo novo? Sigam até o ginásio”, logo,
voltaram a ser divididos nos mesmos grupos da primeira dinâmica, os(as) BM
realizaram as atividades lúdicas propostas, neste momento nenhum dos(as) alunos(as)
se opuseram em participar das dinâmicas. Sendo assim, o lúdico tem como
principal finalidade favorecer o desenvolvimento da pessoa humana numa dinâmica
de inter–atuação lúdica, estimulando o processo de estruturação
afetivo–cognitivo da criança, socializa criativamente quando jovem e mantêm o
espírito de realização no(a) adulto (NILES e SOCHA, 2014).
Os(as) alunos(as) relataram gostar mais da pista de
obstáculo, pois acharam difícil realizar a atividade sem poder ver e destacaram
como é importante ajudarmos as pessoas, pois ao realizar o percurso com os
olhos vendados precisavam que um(a) colega os(as) ajudassem. Uma das BM
comentou que sentiu medo em realizar essa dinâmica, pois tinha que passar por
obstáculos com cones, cordas e bolas sem poder ver apenas ouvindo as instruções
do(a) outro(a).
Mencionaram também que foi muito divertido participar da
brincadeira de mímica, pois até se colocarem nesse lugar de comunicação sem voz
não haviam percebido como era essa realidade, o mesmo para a adaptação do vôlei
sentado, consideraram fácil o exercício e compreenderam que é muito limitado a
locomoção e se pudessem andar conseguiriam ser mais ágeis.
Em
relação a tarefa escrita em casa, essa foi entregue no sábado posterior a aula
realizada, assim, os(as) BM fizeram uma redação respondendo a questão: “Agora que você vivenciou esse processo,
como foi participar dessa atividade?” Todos(as) que executaram essa
atividade descreveram que após participarem da aula perceberam o quão é difícil
fazer coisas simples do cotidiano quando se tem alguma deficiência e que as
atividades lúdicas ajudaram a compreender mais sobre a acessibilidade.
Foi
unanimidade entre os(as) participantes que essa aula fez com que percebessem
como é importante ajudar o próximo e como os espaços urbanos muitas vezes não
são adaptados para pessoas com deficiências, mas que hoje conseguem observar
melhor e que se todos(as) trabalhassem em conjunto poderia haver muitas
melhorias.
A
experiência possibilitou perceberem atitudes que nem sempre todos notam, que
algumas vezes as pessoas com deficiências são ignoradas no seu dia-a-dia e que
precisam de ajuda e respeito. Uma BM escreveu em sua redação que após a aula,
ela conseguiu perceber que as pessoas com deficiência precisam de mais cuidado
e que todos precisam ajuda-los. Isso demonstra que essa temática precisa ser mais
debatida, dado que, em atitudes corriqueiras podem fazer grande diferença, não
somente para os indivíduos com deficiência, mas para as demais pessoas.
CONCLUSÃO
Pode-se
concluir que a educação em saúde realizada com os(as) BM sobre a temática
acessibilidade foi efetiva, pois notou-se que esses foram sensibilizados sobre
a temática. Visto que, após uma reflexão sobre a aula desenvolvida e o relato
de suas experiências em uma redação, eles expuseram como é importante ajudar as
pessoas não importando se essa tem ou não deficiência, além de passarem a
observar se os espaços de convivências são ou não acessíveis para todas as
pessoas que ali circulam.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério dos Direitos Humanos. Acessibilidade. Disponível em <http://www.sdh.gov.br/acessibilidade>
Acesso em 16 jul 2017.
BRASIL, Secretaria Especial dos Direitos
da Pessoa com Deficiência. Acessibilidade.
Disponível em
<http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/acessibilidade-0> Acesso em
14 de jul de 2017.
CARDOSO DE MELO, J. A. Educação e as
Práticas de Saúde. In: ESCOLA POLITÉCNICA DE SAÚDE JOAQUIM VENÂNCIO
(Org.). Trabalho, Educação e Saúde:
reflexões críticas de Joaquim Alberto Cardoso de Melo. Rio de Janeiro:
EPSJV, 2007.
FADERS. Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência e com Altas Habilidades no Rio Grande do Sul. Atitudes que fazem a diferença com PCD: Garantir os Direitos Humanos é o caminho para a inclusão. 2013. Disponível em <http://www.portaldeacessibilidade.rs.gov.br/uploads/1427723364Cartilha_Faders_word_com_novo_layout.pdf> Acesso em 14 de jul 2017.
NILES, R.P.J; SOCHA,K. A importância das atividades lúdicas na
educação infantil. Ágora:
R. Divulg. Cient., v. 19, n. 1, p. 80-94, jan./jun. 2014.
MACHADO, M.F.A.S. et. al. Integralidade, formação de saúde, educação
em saúde e as propostas do SUS - uma revisão conceitual. Ciência &
Saúde Coletiva, v.12, n.2, p. 335-342, 2007. Disponível em: < http://www.scielosp.org/pdf/csc/v12n2/a09v12n2
>. Acesso em 21 de jul 2017.
UNITED NATIONS, Universal Declararation of Human Rights. Disponível em <http://www.un.org/en/universal-declaration-human-rights/index.html>
Acesso em 16 jul 2017.
PROJETO BOMBEIRO MIRIM, Projeto Bombeiro Mirim. Disponível em
<http://projetobombeiromirimsm.blogspot.com.br/> Acesso em 14 jul 2017.
VALLA, V. V.; STOTZ, E. N. (Orgs.) Educação, saúde e cidadania. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1996. 141 p.
[1] Trecho da música de Sing Out, Acessibilidade. Disponível em < https://www.letras.mus.br/sing-out/1903729/> Acesso em 16 jul 2017.
[2] Enfª Mestranda em enfermagem, pela Universidade Federal de Santa Maria. Enfª Voluntária no Projeto Bombeiro Mirim.k.cristy.p@hotmail.com.
[3] Acadêmica de Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Maria, Monitora do Projeto Bombeiro Mirim. aline.gomes1996@hotmail.com
[4] Acadêmica de Filosofia Licenciatura pela Universidade Federal de Santa Maria, Monitora do Projeto Bombeiro Mirim, e-mail lays.bassi01@hotmail.com.
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