Falta de oxigênio;
O processo de combustão consome oxigênio (O2) e, ao mesmo tempo, produz gases tóxicos. Estes gases ocupam o lugar do O2 ou diminuem sua concentração. Quando as concentrações de O2 estão abaixo de 18%, o corpo humano reage com aumento da freqüência respiratória, como se estivesse sendo submetido a um esforço físico maior. A Tabela 13.1 mostra os sintomas causados pela deficiência de O2, considerando diferentes porcentagens de O2 no ar.
Temperaturas elevadas;
A exposição ao ar aquecido pode causar danos ao aparelho respiratório. Quando as temperaturas excedem 60ºC, pode-se considerar que o calor é excessivo, e quando o ar preenche rapidamente os pulmões pode causar baixa da pressão sanguínea e danos ao sistema circulatório. Um dos riscos é o edema pulmonar, que pode causar morte por asfixia. O fato de se respirar ar puro e fresco, logo depois, não torna o dano reversível de imediato.
Fumaça:
A fumaça é constituída principalmente por partículas de carbono (C, CO e CO2) em suspensão. O tamanho das partículas é que determina a quantidade que, quando inalada, irá penetrar nos pulmões.
Gases tóxicos:
O bombeiro deve se lembrar de que um incêndio significa exposição a substâncias tóxicas e irritantes. No entanto, ele não pode prever, antecipadamente, quais serão essas substâncias. A inalação da combinação de substâncias, sejam tóxicas ou irritantes, pode ter efeitos mais graves do que quando inaladas separadamente. A inalação de gases tóxicos pode determinar vários efeitos no corpo humano. Alguns dos gases causam danos diretamente aos tecidos dos pulmões e perda de suas funções. Outros gases não têm efeito direto nos pulmões, mas quando entram na corrente sanguínea, inibem a capacidade dos glóbulos vermelhos transportarem O2. Os gases tóxicos em incêndio variam de acordo com quatro fatores: Natureza do combustível Taxa de aquecimento Temperatura dos gases envolvidos Concentração de oxigênio.
Aparelhos de Proteção Respiratória São aparelhos que buscam anular a agressividade do ambiente sobre o sistema respiratório, oferecendo em diversos casos proteção limitada, principalmente quando utilizados equipamentos filtrantes ou autônomos de pressão negativa.
Máscara Contra Gases (Equipamento Filtrante) Consiste em uma máscara de borracha adaptável ao rosto, contendo um filtro que elimina os agentes nocivos à respiração. Os filtros são próprios para cada classe de agente, tais como: filtro químico para absorção de gases e vapores; filtro mecânico para retenção de partículas sólidas em suspensão no ar; filtro combinado para gases e vapores (químico) e partículas em suspensão (mecânico); filtro específico para monóxido de carbono que possui um catalisador que transforma o CO em CO2. Os filtros devem ser próprios para o agente nocivo à respiração. Necessitam de controle rígido da validade e do tempo em uso, que varia, inclusive, conforme a concentração do agente no ambiente. Não devem ser utilizados em ambientes com pequena porcentagem de O2, pois podem causar a morte do bombeiro. Estas graves restrições desaconselham sua utilização nas operações de combate a incêndio e salvamento.
Aparelho Autônomo de Proteção Respiratória de Ar Comprimido (Máscara Autônoma)
O cilindro é preso por uma braçadeira à placa do seu suporte e contém ar respirável altamente comprimido. Abrindo-se o registro do cilindro, o ar comprimido passa pelo redutor de pressão, onde se expande a uma pressão intermediária de 6 bar (6 kgf cm2). A esta, o ar chega até a válvula de demanda, que, automaticamente, libera a quantidade de ar necessária para os pulmões. O ar expirado vai para o exterior através de uma válvula de exalação existente na máscara facial. A válvula de demanda pode estar conectada à máscara por meio de uma ligação de rosca ou em posição intermediária, entre o cilindro e a máscara. O manômetro permite verificar a pressão do ar existente no cilindro a qualquer tempo, o que é muito importante durante a utilização, pois permite ao bombeiro checagens periódicas do tempo de uso que lhe resta, aumentando sua segurança.
FONTE: http://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2014/02/mfcb-cap-13-e-181.pdf
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