quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Primeiros Socorros

Colaboração do Soldado Rigão





Primeiros Socorros


Convulsão:
 é um distúrbio que se caracteriza pela contratura muscular involuntária de todo o corpo ou de parte dele, provocada por aumento excessivo da atividade elétrica em determinadas áreas cerebrais.

Causas: Em alguns casos, não é possível identificar a causa da convulsão. Nos outros, entre as causas prováveis, podemos destacar: 1) febre alta em crianças com menos de 5 anos; 2) doenças como meningites, encefalites, tétano, tumores cerebrais, infecção pelo HIVepilepsia, etc; 3) traumas cranianos; 4) abstinência após uso prolongado de álcool e de outras drogas, ou efeito colateral de alguns medicamentos; 5) distúrbios metabólicos, como hipoglicemia, diabetes, insuficiência renal, etc; 6) falta de oxigenação no cérebro.

Sinais e sintomas: Os sinais e sintomas dependem do tipo de convulsão, da região do cérebro envolvida e da função que ela desempenha no organismo.

Diagnóstico

Para efeito de diagnóstico e tratamento, ajuda muito observar as seguintes características das convulsões;

a) durante a crise: duração (marcar o tempo no relógio); se braços e pernas se contraem de um lado só ou dos dois lados; se olhos e boca ficam fechados ou abertos; se a cor da face se torna azulada. Se a pessoa responde aos chamados ou permanece inconsciente.

b) depois de as contrações musculares terem terminado: se a pessoa recupera a consciência ou permanece sonolenta; se fala e responde a perguntas; se lembra o que aconteceu; se a movimentação volta ao normal; se a dificuldade de movimentação se concentra de um lado só do corpo.

O risco de novas crises diminui nos pacientes com convulsões provocadas por álcool, drogas, pelo efeito colateral de alguns medicamentos e por distúrbios metabólicos, quando são retiradas essas substâncias ou corrigido o problema orgânico. Nos outros casos, existem vários medicamentos que devem ser indicados de acordo com o tipo de convulsão para evitar a recorrência e assegurar o controle das crises.

Recomendações


Diante de um quadro de convulsão:* Deite a pessoa de lado para que não engasgue com a própria saliva ou vômito;* Remova todos os objetos ao redor que ofereçam risco de machucá-la;* Afrouxe-lhe as roupas;* Erga o queixo para facilitar a passagem do ar;* Não introduza nenhum objeto na boca nem tente puxar a língua para fora;* Leve a pessoa a um serviço de saúde tão logo a convulsão tenha passado.

Observação importante: Convulsão não é sinônimo de epilepsia. Epilepsia é uma doença específica, que predispõe a pessoa a convulsões, mesmo na ausência de problemas como febre alta, pancadas na cabeça, derrames ou tumores cerebrais.

Desmaio: Um desmaio pode ser provocado por pressão baixa, falta de açúcar no sangue ou ambientes muito quentes, por exemplo. No entanto, em alguns casos, também pode surgir devido a problemas cardíacos ou do sistema nervoso e por isso, se acha que vai desmaiar deve deitar-se no chão e colocar as pernas no alto para que fiquem mais altas que o corpo.

O desmaio, que cientificamente é conhecido por síncope, é a perda da consciência que leva à queda e, geralmente antes de desmaiar surgem sinais e sintomas, como palidez, tontura, suores, visão turva e fraqueza, por exemplo.

Causas mais comuns de desmaio

Qualquer pessoa pode desmaiar, mesmo que não tenha nenhuma doença diagnosticada pelo médico e algumas das razões que podem levar ao desmaio incluem:
Pressão baixa, principalmente quando levanta da cama muito rápido da cama, e que pode provocar sintomas como tonturas, dor de cabeça, desiquilíbrio e sono;
Mais de 4 horas sem comer, ocorrendo uma hipoglicemia, que é a falta de açúcar no sangue e que provoca sintomas como tremores, fraqueza, suores frios e confusão mental;
Convulsões, que pode ocorrer devido a epilepsia ou pancada na cabeça por exemplo, e que provoca tremores e leva a pessoa a babar ou espumar pela boca, cerrando os dentes;
Consumo excessivo de álcool ou consumo de drogas​;
Efeitos colaterais de alguns remédios ou uso de medicamentos em doses elevadas, como remédios para pressão ou antidiabéticos;
Calor excessivo, como na praia ou durante o banho, por exemplo;
Muito frio, que pode ocorrer na neve;
Prática de exercícios físicos durante muito tempo e muito intensamente;
Anemia, desidratação ou diarreia intensa, que leva à alteração dos nutrientes e minerais necessários para o equilíbrio do organismo;
Ansiedade ou ataque de pânico;
Dor muito forte;
Quando bate com a cabeça após uma queda ou pancada;
Enxaqueca, que provoca dor de cabeça forte, pressão no pescoço e zumbido nos ouvidos;
Se estiver muito tempo em pé, principalmente em lugares quentes e cheio de pessoas;
Ao sentir medo, de agulhas ou animais, por exemplo.

Além disso, desmaiar pode ser um sinal de problemas do coração ou doenças cerebrais, como arritmia ou estenose aórtica, por exemplo, pois na maioria dos casos o desmaio é provocado pela redução da quantidade de sangue que chega ao cérebro.

Temos um quadro a seguir que refere as causas mais comuns de desmaio, de acordo com a idade, que pode surgir em idosos, jovens e grávidas.
Causas de desmaio em idosos
Causas de desmaio infantil e em adolescentes
Causas de desmaio na gravidez
Pressão baixa ao acordarJejum prolongadoAnemia
Doses elevadas de remédios, como anti hipertensores ou antidiabéticosDesidratação ou diarreiaPressão baixa
Problemas cardíacos, como arritmia ou estenose aórticaConsumo de drogas ou uso abusivo de excesso de álcoolFicar muito tempo deitada de costas ou em pé
No entanto, qualquer uma das causas de desmaio pode ocorrer em qualquer idade ou período da vida.
Como evitar o desmaio

Ao ter a sensação de que vai desmaiar, e apresentar sintomas como tonturas, fraqueza ou visão embaçada, deve-se:
Deitar no chão e colocar as pernas mais altas que o corpo ou sentar-se e inclinar o tronco em direção às pernas;
Evitar todos os fatores que podem provocar o desmaio, como situações estressantes;
Evitar estar muito tempo em pé e na mesma posição;
Beber muitos líquidos ao longo do dia;
Comer de 3 em 3 horas;
Evitar a exposição ao calor, principalmente no verão;
Levantar da cama devagar, sentando-se primeiro na cama;
Registrar as situações que geralmente causam sensação de desmaio, como tirar sangue ou tomar uma injeção e informar o enfermeiro ou farmacêutico dessa possibilidade.

É muito importante evitar o desmaio porque ele machucar ou fazer uma fratura devido à queda, que ocorre devido à perda de consciência repentinamente.

Hemorragias:

Hemorragia é a perda se sangue do sistema circulatório, devido à ruptura dos vasos sanguíneos, sendo que a gravidade é medida pela quantidade e rapidez que o sangue é extravasado/perdido. Quando ocorre a perda de sangue, o organismo responde com algumas respostas fisiológicas, mas se a perda for superior a resposta compensatória, diz que o indivíduo encontra-se em choque hipovolêmico; algo muito grave. Porém, caso o indivíduo receba assistência médica imediata, com reposição de volume adequado a perda, esse fato pode ser reversível.

Quais os tipos?

A hemorragia pode ser dividida em interna e externa.

A hemorragia interna é aquela que não é visível, ou seja, todo o sangue perdido se acumula nas cavidades do organismo, tais como: crânio, abdominal, torácica, entre outras. Algumas manifestações que podem ser encontradas são:
Fraqueza;
Sonolência;
Frio;
Sede;
Alteração do nível de consciência;
Respiração rápida;
Pele pálida, fria e úmida;
Tremores.

Algumas situações nos ajudam a pensar em hemorragia interna, entre elas são:
Acidentes automobilísticos, no qual o impacto foi extremamente forte;
Ferimento por arma de fogo, faca ou qualquer outra arma branca;
Acidente em que o corpo suportou grande pressão, como quedas, esmagamento.

É extremamente difícil, para um leigo, saber se está ocorrendo ou não uma hemorragia interna, porém, caso algum dos sintomas ou se o local do acidente ou o ato, ajudar a suspeitar que se trata de uma hemorragia interna, mantenha a calma e chame o serviço especializado em emergência, o mais rápido possível.


Hemorragia externa
A hemorragia externa pode ser dividida em: arterial venosa e capilar. Mas como podemos diferenciá-los? Normalmente, o sangue de origem arterial, possui grande pressão e é de tom vermelho vivo, por ser rico em oxigênio, portanto, é a forma mais grave de perda, necessitando de atendimento rápido.

O sangue de origem venosa possui menor pressão e é de tom vermelho escuro, por ser pobre em oxigênio. Sua perda é menos grave quando comparado ao arterial, contudo, a demora no atendimento,  podem ter consequências fatais. Já as hemorragias capilares são pequenas perdas de sangue, em vasos de pequeno calibre que recobrem a superfície do corpo.


O que devo fazer perante cada situação?

As hemorragias internas são mais difíceis de detectar, por isso, quando suspeitar que está ocorrendo com alguém, mantenha a calma e contate imediatamente o serviço de atendimento em emergência. Você pode ajudar a salvar uma vida!

Já as hemorragias externas são facilmente detectáveis, podendo agir em minutos, mudando o prognóstico do paciente.
Hemorragia nasal: posicione a cabeça para trás e comprima a narina por 5 minutos, soltando levemente.
Hemorragia dos pulmões (escarros sanguinolentos): deite a vítima de lado e, se possível, realize compressas frias na região do tórax e aguarde a chegada do resgate.
Hemorragia do estômago: alguns sintomas são enjôo, vômitos escuros (com sangue). Coloque a pessoa sentada ou deitada com a cabeça elevada e aguarde a chegada do resgate.

De uma maneira geral, mantenha sempre a calma e aguarde a chegada do atendimento especializado, esta atitude já ajudará a melhorar a situação.

O que é fratura óssea?

Uma fratura óssea é a perda da continuidade de um osso, que o divide em dois ou mais fragmentos.

Quais são as principais causas de uma fratura óssea?

Os traumatismos que incidem sobre os ossos com forças superiores a sua capacidade de deformação são as causas mais frequentes de fraturas. Isso acontece, sobretudo, em quedas, pancadas e acidentes, mas há também fraturas que ocorrem devido a impactos mínimos ou até espontaneamente, chamadas fraturas patológicas, as quais se devem a um anormal enfraquecimento dos ossos, devido à osteoporose ou a tumores ósseos.
Segundo as suas causas:
Fraturas traumáticas: representam a maioria das fraturas e são causadas pela aplicação sobre o osso de uma força maior que sua resistência. Podem ocorrer no local do impacto (por exemplo, uma fratura de úmero por uma pancada) ou à distância (por exemplo, uma fratura da clavícula quando se apoia com a mão, após uma queda). Podem ocorrer também por uma contração muscular violenta ou serem devidas à aplicação repetida e frequente de pequenas forças sobre um osso, enfraquecendo-o progressivamente.
Fraturas patológicas: muitas vezes ocorrem espontaneamente ou em razão de traumatismos mínimos sobre um osso previamente fragilizado por osteoporose ou por um tumor ósseo.
Segundo a lesão envolvida:
Fraturas simples: apenas o osso é atingido e não há perfuração da pele ou lesão de outras estruturas adjacentes.
Fraturas expostas: a pele é rompida e o osso fica exposto ao exterior. Nesse tipo de fratura com frequência ocorre infecção bacteriana e mesmo que ela ainda não esteja presente, justifica-se o uso preventivo de antibióticos.
Fraturas complicadas: quando são atingidas outras estruturas além dos ossos, como vasos sanguíneos, nervos, músculos, etc.

O que fazer no caso de fraturas?

* Deixar a área da fratura exposta, ou seja, tirar roupas que estejam apertando ou mesmo rasgá-las ou cortá-las;

* Entorse possível, e depois de se informar à respeito da vítima quanto a possíveis alergias a medicamentos, ministre algum analgésico para que a sensação de dor seja diminuída;

* Imobilizar as articulações acima e abaixo do membro (antes e depois da fratura) ou região lesionados, procurando movimentar o mínimo possível a área afetada, com talas apropriadas ou não havendo-as, pode-se improvisar com pedaços de papelão dobrados, pedaços de madeira, etc. De uma maneira ou de outra, as talas devem ser devidamente acolchoadas, com panos de maneira que não provoquem mais dor e desconforto à vítima, e amarradas de maneira firme;

* Em casos de fratura exposta deve-se realizar um curativo cobrindo-o com gaze, ou pano limpo a fim de evitar uma possível hemorragia, e diminuir o rico de infecções da área exposta, e em seguida realizar o procedimento de imobilização com talas como descrito acima;

* No caso de entorses (rompimento de tendões ou ligamentos) e luxações que é quando o osso sofre um movimento brusco e desloca-se do seu lugar original, o procedimento é idêntico aos demais tipos de fratura devendo-se imobilizar a região afetada no caso de luxação, e aplicar compressas com gelo na área da articulação no caso de entorses.


* Deve-se tomar algumas precauções para não ter uma piora no quadro da vítima tais como: não movimentar a articulação ou membro lesionado; não tentar colocar possíveis fragmentos de osso expostos para dentro; não provocar compressões sobre o local; não tentar recolocar o osso no lugar; não alimentar a pessoa para o caso de uma possível cirurgia, onde se faz preciso o estado de jejum.


Fontes: Varela, Drauzio. Convulsões. Disponível em <https://drauziovarella.com.br/letras/c/convulsao-2/>
Tua Saúde. Desmaio. Disponível <https://www.tuasaude.com/conheca-as-principais-causas-e-como-evitar-o-desmaio/>
Samu Noroeste. Hemorragias. Disponível em <http://www.samunoroestepr.com.br/materia/dicas/3-hemorragias-conheca-os-tipos-e-como-cuidar>
Fisioterapia. FRATURAS. DISPONÍVEL EM <fisioterapia.com>
Primeiros Socorros. Fraturas. Disponível em <http://primeiros-socorros.info/primeiros-socorros-como-agir/fraturas.html>

Nenhum comentário:

Postar um comentário